quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mais algumas aberrações no folclore.Será que isto é folclore?

Os nossos antepassados já usavam suspensórios e assim sapatos. 
As mulheres do passado também não usavam saias interiores?
Devia ser para mostrar as pernas!

Esta já usava meias mas também devia ter-se esquecido da saia interior!

Será que também usam elásticos nas chinelas?


Este rancho merecia uma condecoração de mau trajar,


sexta-feira, 17 de junho de 2011

O Folclore tende transforma-se em profissão se assim continuar.

Mais do que uma forma de representação das nossas tradições populares, o folclore tem vindo cada vez mais a transformar-se numa profissão  a ele associada, com especial incidência para a actividade dos ensaiadores, dos tocadores e  cantadores. Alguns conseguem fazer contratos que mais parece de profissionais sem que paguem qualquer imposto fiscal.
Isso vai dando cabo do folclore porque há ranchos que não conseguem arranjar dinheiro par lhes pagar, atolando-se em dividas, e os  seus directores coçam muitas vezes na cabeça para inventar aonde arranjar dinheiro, tendo como consequência o descuramento do património dos seus trajes e de outras coisas inerentes ao rancho, portanto urge por termo a isso.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Como deve ser um Rancho ou Grupo Folclorico

Amigos e Amigas.
 Um Rancho de Folclore deve ser um Museu Vivo. Deve ser, também, uma Escola de Cultura e de Humanismo. Um Rancho de Folclore deve proporcionar momentos de convívio saudável a pessoas de todas as idades. Um Rancho de Folclore deve contribuir para que o nosso mundo seja melhor.
Não é fácil? Por isso é que tem de ser feito pelos verdadeiros folcloristas.



                                  de: Saber Do Povo

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Palavra Etnografia

A palavra “etnografia” deriva da união de dois vocábulos gregos: ethnos ( que significa “povo”) e graphein (que significa "grafia"  " escrita"   "descrição"  ou melhor, “estudo descrito”). Logo, etimologicamente, a etnografia é o estudo descrito de um povo.

FOLCLORE E ETNOGRAFIA

Muitas pessoas confundem folclore com etnografia ou com etnologia crendo que se trata da mesma coisa. Ora, não é inteiramente assim.A etnografia e o folclore só têm de comum entre si a mitologia que é igual para uma e para o outro.Quanto á etnologia e folclore, a diferença que existe entre uma e outra é a seguinte: enquanto a etnologia estuda actividades e objectos concretos, materiais, o folclore estuda actividades e objectos espirituais e artísticos, tradições, usos e costumes, etc. 
Assim , poderemos definir o folclore como sendo a ciência etnológica ( ou auxiliar da etnologia ) que estuda os usos, costumes, tradições espirituais e as expressões orais e artísticas de um povo ou de um grupo étnico evoluídos. Usar nesta definição a palavra “ evoluídos “ é absolutamente necessário pois que só os povos evoluídos têm folclore uma vez que os povos primitivos têm a sua própria cultura.

Quer isto dizer que o folclore estuda os usos,costumes e as tradições milenárias e seculares de povos cujos padrões de vida deixaram de ser primitivos. Por exemplo: um batuque no interior da África, uma doença ou uma canção da Polinésia, etc., não são folclore são cultura ao passo que uma romaria nortenha ou saloia, o fandango, o trajar de saloio ou um coral alentejano são folclore porque sendo manifestações populares são-no de um povo que vive dentro dos padrões sociais actuais usando das conquistas técnicas universais.

É por essa razão que os assuntos habitualmente estudados pelo folclore são : danças e canções; trajos populares ; instrumentos musicais; festas, feiras, mercados e romarias; medicina popular e magia; lendas, contos e “histórias”; poesia popular; provérbios e adivinhas; jogos infantis; jogos e brincadeiras populares; usos e costumes regionais; etc.

A etnografia e o folclore, divide-se em dois tipos de trabalho: o trabalho de campo e o trabalho de gabinete.

Trabalho de campo
--- também se dá os nomes de pesquisa e recolhas. Assim, trabalho de campo, pesquisa ou recolha são uma só e a mesma coisa.Que é , portanto, o trabalho de campo ? É precisamente o trabalho de pesquisa e recolha de elementos que se efectua no campo de estudo.Como é óbvio, de uma maneira geral, o campo de estudo de etnografia e do folclore situa-se nos pequenos aglomerados populacionais rurais afastados dos grandes centros.

O princípio básico do trabalho de campo é saber ver, ouvir e reproduzir. Quer isto dizer que o pesquisador, o investigador de campo, tem de ser o mais objectivo possível.

Em que consiste, pois, o trabalho de campo ?
Consiste na pesquisa e recolha de elementos, dados, informações, objectos ( documentos ) de carácter etnológico.Como se faz essa recolha ? Através de inquéritos, conversas, pedidos de informações etc... Inquéritos, conversas, informações que terão de ser registados.

A fotografia é sempre e em todos os casos, utilíssima; hoje em dia é mesmo imprescindível.

O filme é muito útil sobretudo pela noção de movimento que nos dá . Por isso é imprescindível no estudo de assuntos em que o movimento é o principal elemento: danças , práticas sociais colectivas, práticas de trabalho profissional , artesanato , etc...
A gravação é hoje muito importante no estudo das expressões musicais , orais , dialectais , etc...Trabalho de gabinete --- o trabalho de gabinete é a natural sequência e consequência do trabalho de campo ou da recolha etnológica; é, portanto , o trabalho de organização, dos elementos e documentos , isto é , do material reunido na pesquisa ou recolha. Praticamente e em última análise , é o trabalho de elaboração de fichas e organização de arquivos.                     
                                     
                                                    Autor: José Vidal              
                                                                                              
                                                   Este artigo está licenciado sob a GNU Free Documentation License.                                                             

Opinão sobre o nosso folclore

Vive neste momento um silêncio sepulcral no  Folclore Português.
   Há pontos de vista que se falam nas conversas  com amigos, e  de vez em quando são publicados nos jornais mas quem os publica parece que tem medo de os abordar profundamente.Mas medo de que ? Acho que  os conselheiros técnicos  têm uma palavra a dizer.
Mas para terem uma palavra a dizer tem de haver mais rigor por parte de quem dirige, na nomeação destes conselheiros, e nas avaliações que estes fazem, e não como por exemplo: "Se determinado rancho é amigo  fecha olhos a certas coisas se  não é amigo não se facilita nada".
Isso não é correto o rigor tem ser igual para todos. Se assim não for, não conseguimos trazer ninguém para ajudar a corrigir aquilo que está mal no folclore e  só afastamos aqueles que querem vir com boas intenções.
Este é um assunto  melindroso mas haja coragem para aborda-lo com frontalidade.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Homenagem ao saudoso SR. Martins

O Folclore ficou mais pobre.

Faleceu em 27 de Setembro 2010

Um  um dia após o aniversário do seu Grupo Folclórico Vila Nova de Sande que muito bem liderou com o seu saber, quero prestar-lhe a minha homenagem,  pois era um amigo sempre disposto a ajudar,  aprendi muito com os seus concelhos.O Sr Martins  estará sempre no meu pensamento esteja aonde estiver muito obrigado.

domingo, 5 de junho de 2011

A Representavidade de um Rancho ou Grupo Folclórico

  Um grupo ou rancho folclórico deve ser o “retrato”possível das gentes do passado, está errado que usem saias pelo joelho, que usem relógios de pulso, que usem pinturas e cabelo à moderna, que usem "picings" e tatuagens, vistam todos de igual pois o povo não se fardava( por isso chamamos traje) que andem com medalhas penduradas , que usem óculos de sol, e algo mais  que agora não me recorda. Mas depois tem de ter  um trabalho de pormenor que tem a ver com os usos e costumes, com as tradições específicas da terra ou região em causa, desde as danças aos trabalhos dos ritos à gastronomia, das festas aos jogos tradicionais,e de toda a vivência de um povo .

E se digo que um grupo ou rancho folclórico deve ser o “retrato possível” porque estou entre os que consideram que o " puro e o genuíno" não são possíveis como alguns apregoam.

Opiniões

 QUAL É O MELHOR RANCHO DE FOLCLORE

Como saber, por exemplo num festival, qual é  o melhor rancho de Folclore?
Como deve ser feita essa avaliação?
 Na minha opinião há, nem pode haver “classificações” em folclore, dado que não se pode comparar o que não tem comparação possível. De região para região e mesmo de terra para terra, o folclore é caracterizado pelas diferença.
                             

O QUE É UM BOM FESTIVAL

 
Um bom festival de folclore não é o que  decorre durante vários dias e tem a participação de muitos ranchos.
Pois basta um dia de festa, e quatro ou cinco ranchos e que nos tragam os seus usos e costumes,as suas vivências, as suas danças,  para nós poder apreciar,e assim será um bom festival.

sábado, 4 de junho de 2011

Grupo Folclórico da Casa do Povo de Serzedelo-Guimarães






Com o  mosteiro românico 
por trás. 

AS LAVADEIRAS




Lavadouros Públicos






Do blogue: Cintra seu Povo

Representar cada "figura"é manter viva a tradição...É fazer a Históriado nosso Povo














Do blogue:Cintra seu Povo

FOLCLORE DE CONSUMO - MERCADORIA E ERROS



POR VEZES A VERDADE DÓI MAS  JÁ É TEMPO   DE GRITARMOS E DIZER BEM ALTO...
       BASTA!!!!!
DOA A QUEM DOER AQUI VAI MAIS UM TEMA ...


O FOLCLORE NÃO É, COMO  MUITA GENTE PENSA SER, UMA SIMPLES COLECÇÃO DE FATOS DISPARATADOS E MAIS OU MENOS CURIOSOS , INVENTADOS E DIVERTIDOS;  O FOLCLORE É  UMA  CIÊNCIA SINTÉTICA QUE SE OCUPA ESPECIALMENTE DOS CAMPONESES E DA VIDA RURAL TAMBÉM DAQUILO QUE AINDA SUBSISTE DE TRADICIONAL NOS MEIOS INDUSTRIAIS E URBANOS.
CONSIDERA-SE HOJE O FOLCLORISMO UM RAMO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS, E SEU ESTUDO DEVE SER FEITO DE ACORDO COM A METODOLOGIA PRÓPRIA DESSAS CIÊNCIAS COMO PARTE DA CULTURA DE UMA NAÇÃO , O FOLCLORE DEVE TER O MESMO DIREITO DE ACESSO AOS INCENTIVOS PÚBLICOS E PRIVADOS CONCEDIDOS ÁS OUTRAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E CIENTIFICAS.
MAS POR FAVOR COM ESTES ERROS QUE APARECEM  NO  FOLCLORE COMO VOU MOSTRAR A SEGUIR É QUE NÃO . QUEM ESTÁ Á FRENTE DE UM GRUPO DEVE DE TER MUITO CUIDADO COMO SE APRESENTA E COMO ENSINA O QUE REPRESENTA.
MAS ESTES ERROS AINDA NÃO É NADA PORQUE HÁ MUITO MAIS DEGRADANTE ISSO DEPOIS FALAMOS.

DEIXO TAMBÉM  NAS FOTOS ALGUNS DIZERES DE GOZO...

QUEM GOSTA GOSTA
QUEM NÃO GOSTA
DEITE FORA


SE ESTAMOS PREOCUPADOS COM O FOLCLORE E A ETNOGRAFIA,
PORQUE NÃO SE PÁRA ESTES RANCHOS?
                                       
                                                                                              Do blogue:Cintra seuPovo

Assim com estes sapatos os dois não escorregam!!!!








do Blog: Cintra seu Povo

Assim não lhe cai as calças!!!!










Do blogue: Cintra seu Povo

O relógio deve ser para marcar o compasso!!!!!!








   

            Do blogue: Cintra seu Povo

Deve estar calor ou o lenço é pequeno,ou talvez não saiba fazer o pucho












Do blogue: Cintra seu Povo

Estas calças estão seguras!!!!!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Nâo se pode dançar assim com a cabaça








  Do blogue: Cintra seu Povo

 









APONTAMENTOS ETNOGRÁFICOS
 
                                       Os Talêgos

Os talêgos eram sacos multicolores, de tamanho variável, confeccionados pelas mulheres com as sobras dos panos usados na confecção de saias, blusas e aventais ou mesmo de roupa velha que se tinha deixado de usar. Tinham um cordão ou nastro que corria dentro de uma bainha e que os permitia fechar. Podiam ser forrados ou ser singelos. Alguns eram rebuscados na sua concepção e manufactura, a qual podia incluir pompons e borlas. Outros haviam que eram simples, sendo alguns, até, manufacturados com um único tecido.
Os talêgos eram o providencial modo de transportar aquilo que de que precisávamos. Ia-se às compras de talêgo, o qual era lavado sempre que necessário. Havia um talêgo para ir aviar a mercearia e outro para ir ao pão, bem como outro para ir ao grão, ao feijão ou ao milho. Usávamos também um talêgo para guardar os magros tostões que tínhamos e ainda outro para guardar a existência usada no jogo do botão.
Os camponeses guardavam as sementes em talêgos e os moleiros recebiam talêgos de trigo, centeio ou milho, que devolviam com farinha, após terem subtraído a maquia devida à moagem. Era também nos talêgos que se levava comida para o local de trabalho.
Em nossas casas, nas arcas, cómodas e guarda-fatos havia pequenos talêgos com alfazema, que pelo seu cheiro afugentava traças, moscas, mosquitos e demais insectos. Nesses mesmos locais, existiam por vezes talêgos maiores, nos quais se acondicionava a roupa mais delicada ou mais antiga e que inspirava mais cuidados de preservação.
A pobreza, a falta de oportunidades de vida, a adversidade do clima, as catástrofes, a política repressiva, fizeram com que ao longo dos tempos, o povo português tivesse de emigrar, visando a melhoria das suas condições de vida. Para transportar os seus bens, a maioria das vezes, uma parca bagagem, lá estavam o talêgo e mais tarde, a mala de cartão.
O talêgo era a embalagem reciclável inventada pelo sabedoria popular, que sempre soube encontrar formas criativas de lutar contra a adversidade e a falta de meios. Depois de puído e roto pelo uso e pelas lavagens sucessivas, era remendado por mãos hábeis de mulheres, que assim lhe prolongavam a longevidade. E mesmo depois de serem abatidos ao serviço como “talêgos”, continuavam ter préstimo. Serviam de rodilha ou de esfregão, até tal ser possível. Só depois se deitavam fora, para serem degradados pela terra-mãe e renascerem sob outra forma.    


                                                    Do blogue ; Sintra seu Povo