sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Algumas Opiniões sobre os Chapeus de Palha


Chapéus

Este tipo de chapéu  têm a mesma estética como o da mulher , mas  existem algumas diferenças entre eles: enquanto que o da mulher tem a aba  recurvada para baixo, o do homem tem-na para cima. Por outro lado, a aba do chapéu do homem era sempre adornada na sua extremidade com trança de bordo aos bicos, o da mulher poderia ser, ou não.

Estes são os únicos tipos de chapéu usados pelo povo, quer se dedicasse à lavoura, quer a outras profissões.


Convém referir que existiam chapéus, também de abas largas, mas arredondadas, com fita acetinada em redor da copa e com as pontas a descair na retaguarda, porém estes chapéus eram ostentados apenas  por gente mais afidalgada. Em alguns casos até os bordavam com fios de lã colorida

O chapéu visualizado  é um produto da “revolução” verificada na indústria de chapelaria efectuada na década de 50 do século XX.


Por se assemelhar ao chapéu de feltro usado na época, rapidamente se popularizou em todas as terras, contudo, convém alertar que a época que os ranchos representam é muito anterior a esta. Sendo assim, torna-se  imperioso retirá-lo rapidamente de circulação nas exibições públicas de modo a não ser passada uma imagem errada relativa aos usos  das terras que os ranchos representam.



Certamente que os chapéus de palha foram confeccionados para proteger as pessoas do Sol e não para andarem dependurados nos costas presos a uma fita, em muitos casos de elástico.

Dançar com o chapéu pendente sobre as  costas é um contra-senso.

 Já o vergar das abas com o lenço pela mulher  tem várias opiniões há quem defenda que se vergava o chapéu para que  quem anda-se  entre  o milho  o caule do milho não o retira-se da cabeça por vezes o milho era basto e havia pouco espaço para circular, outros tem uma opinião diferente e dizem que o vergar é um contra senso.

Trajo da Freguesia de Landim Famalição




Esta  foto  fui busca-la ao fundo do meu baú não sei de que ano é sua origem .
Sei que pertence á freguesia de Landim  do Concelho de Vila Nova de  Famalicão






sábado, 3 de agosto de 2013

Desculpas e Responsabilidades No Dirigismo dos Grupos e Ranchos Folclóricos




Ultimamente têm assistido ao lamento através de alguns dirigentes de grupos e ranchos folclóricos que “a juventude não gosta de etnografia e folclore” que a “crise económica no nosso país  está a levar os jovens que gostam de etnografia e folclore a imigrar”.


A primeira questão de que “os jovens não gostam de etnografia e folclore” é uma pura mentira que certos dirigentes de grupos e ranchos folclóricos tentam impingir (com a falta de representatividade que tem nos seus grupos), pois se reparamos vimos muitos jovens na etnografia e folclore, acho que a maioria dos grupos e ranchos de folclore em Portugal e até no estrangeiro que representam Portugal e que tem mais representatividade, são os que tem nos seus componentes uma grande fatia de jovens, alguns têm uma fatia de participação dos jovens na ordem de 90%, o que esses ditos dirigentes não dizem é que são eles que os afastam não lhe dando tarefas e nem os permitem que eles possam dirigir um grupo ou rancho em resumo não lhe dão responsabilidades, querem ser eles os senhores do quero posso e mando não permitindo aos jovens com capacidades de inovação representar dignamente os usos e costumes e tradições dos nossos antepassados, quem viaja pelo pais e estrangeiro  vê que aonde estão os jovens a dirigir os grupos ou ranchos a maioria bastante grande  deles tem um trabalho meritório acima da média sobre a representatividade dos usos e costumes e tradições dos nossos antepassados, agora aonde estão pessoas que toda a vida gostaram de  ser ditadores e com modos de pensar que estão ultrapassados a representatividade é muito fraca . 


 Quanto á segunda questão da crise económica levar os nossos jovens a imigrar ai estamos todos de acordo, porque como atrás se disse quem viajar pelo estrangeiro, tem reparado que já á grupos e ranchos folclóricos que representam Portugal no estrangeiro que tem mais representatividade (apesar das dificuldades que se deparam a nível de recolhas) que alguns grupos e ranchos sediados em Portugal (até fazem inveja a esses ditos “grupos” e “ranchos”) ai mostram que como acima se explica que esses jovens levam para o estrangeiro a sua vontade e a mentalidade inovadora de bem representar e a sua capacidade de união fazendo cá muita falta a sua presença.

 Por isso se diz que é uma desculpa esfarrapada dizendo que os jovens não gostam de etnografia e folclore, sabe-se que os jovens são ambiciosos e querem que lhes deiam responsabilidades porque os outros atributos eles já os tem com a sua mentalidade mais moderna.


 Fica esta opinião para discutir e aprofundar por toda gente de quem gosta e ama a etnografia e o folclore.