O folclore debate-se actualmente com um problemas bastante sério
que coloca em causa a credibilidade do trabalho daqueles que procuram
realizá-lo com seriedade: a persistente
falta de qualidade e representação de alguns grupos folclóricos. Não existe
nenhum meio de impedir o aparecimento de grupos estranhos ao folclore. Mas cabe
a todos que estudam e tentam preservar a cultura popular portuguesa neste caso
a etnografia e o folclore, denunciar esses grupos estranhos que apenas andam e a deturpar as vivencias os usos e
costumes e tradições dos nossos antepassados
e a envergonhar toda a gente que ama a etnografia e o folclore .
Porém, os organizadores dos festivais nem sempre estão
atentos a quem vão convidar e não procuram verificar a qualidade da sua
representação. E, em consequência dessa forma descuidada e menos responsável, a
participação de grupos que nada tem a ver com folclore e etnografia apenas vem
descredibilizar a entidade organizadora do evento e os demais participantes no
festival.
Esta situação prejudica também o movimento folclórico no seu
conjunto, denegrindo o trabalho que é desenvolvido por muitos grupos
folclóricos, etnógrafos e outras entidades ligadas ao folclore.
Por isso os organizadores de festivais devem ser mais
criteriosos na escolha dos grupos participantes e na elaboração do programa.
E
quanto àqueles grupos folclóricos que desejam preservar a sua imagem, devem
cuidar de saber previamente com quem vão partilhar o palco, as características
do espectáculo e, se for caso disso, recusarem-se liminarmente a participar num
evento que em nada os dignifica. Sem uma atitude firme, o folclore continuará a
manter-se como parente pobre da cultura popular portuguesa e sujeitar-se à conotação pejorativa de que
tem sido alvo!
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